terça-feira, 1 de outubro de 2013

IGREJA NO BRASIL INICIA NO BRASIL SEMANA NACIONAL DA VIDA CNBB

Terça-feira, 01 de outubro de 2013, 09h32

TERÇA-FEIRA, 01 DE OUTUBRO DE 2013

IGREJA NO BRASIL INICIA NO BRASIL SEMANA NACIONAL DA VIDA 

Da Redação, com CNBB



A Igreja no Brasil inicia nesta terça-feira, 1º, a Semana Nacional da Vida com o tema “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos”. Já é costume dedicar a primeira semana de outubro para celebrar e refletir sobre o valor da vida. As celebrações se encerram no dia 8 de outubro, com o Dia do Nascituro.

A Semana Nacional da Vida (SNV) foi instituída em 2005, durante a 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Neste período, os Regionais da Conferência e dioceses de todo país desenvolvem atividades voltadas à defesa e promoção da vida.

As dioceses são convidadas a desenvolver atividades, com foco no direito à vida e à preservação da dignidade humana. De acordo com o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini, a Semana é uma oportunidade de recuperar a postura justa diante da vida humana. “A vida é um dom de inestimável valor, feito de amor e ternura infinita, porque a vida humana é relação com o Mistério Infinito, Eterno e Criador que a quer e a ama”, disse.

Para colaborar com as atividades pelo Brasil, a Comissão para Vida e Família e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar lançaram o subsídio “Hora da Vida” 2013, que este ano, em sua 3ª edição, tem como tema central: “Cuidar da Vida e Transmitir a Fé”.

Iniciativas pelo Brasil

Muitas atividades ocorrem pelo Brasil, durante a SNV. A arquidiocese de Olinda e Recife, por exemplo, promoverá, no dia 6 de outubro, a 7ª edição da Caminhada em Defesa da Vida. Em 2012, o evento reuniu cerca de 170 mil pessoas na Avenida Boa Viagem, situada na Zona Sul do Recife.

O ato unirá fiéis das 19 cidades que compõem a arquidiocese, além de participantes das nove dioceses locais. Dias de reflexão, Vigília de Oração pela Vida e Celebração pelo Dia do Nascituro serão as atividades previstas para as 112 paróquias da arquidiocese.

O Rio de Janeiro também prepara uma mobilização para o período. No próximo dia 5 de outubro, será realizada a primeira edição da Caminhada em Defesa da Vida na Cidade do estado, com concentração às 9h, na Candelária, e seguirá em direção à Cinelândia. A caminhada, coordenada pelo movimento da Cidadania Pela Vida – Brasil sem Aborto, será finalizada com um Ato Público que terá a participação de artistas, autoridades e representantes de diversos seguimentos.

O presidente da Comissão Arquidiocesana de Promoção e Defesa da Vida, Dom Antônio Augusto Duarte destacou que a marcha evidencia o compromisso da Igreja em defender, valorizar e promover a vida em todos os instantes da sua existência. “Será uma Marcha cheia de paz, alegria e oração pela vida”, afirmou.

Defender o valor da vida

Nesta primeira semana de outubro, a Igreja tem refletido sobre o valor da vida promovendo a “Semana Nacional da Vida”, cujo encerramento será no dia 8 de outubro, data em que é comemorado o “Dia do Nascituro”. A data do término do encontro foi escolhida para destacar a vulnerabilidade da criança que ainda está no ventre materno.
Neste dia é reforçado que o feto tem direito à proteção, à vida, à saúde, à alimentação, ao respeito e a um nascimento sadio. Desde o dia 1º de outubro os regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e as dioceses têm trabalhado com o tema: “Cuidar da vida e transmitir a fé”.
Segundo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, padre Rafael Fornasier, este tópico foi definido com base no “Ano da Fé” e na “Semana Nacional da Família”, cujo objetivo é transmitir a fé às famílias, comunidades e à sociedade.
“Este tema pretende suscitar uma reflexão e uma conscientização entre os católicos, porque este tema da transmissão da fé implica também necessariamente perceber que os frutos da fé precisam se concretizar, no dia a dia, na defesa concreta da vida em todas as situações. Como o Papa Francisco tem afirmado: somos chamados a defender e proteger a vida, porque isso é uma manifestação da nossa fé”, explicou o sacerdote.
O sacerdote também salienta que é importante as pessoas terem consciência do valor da vida e do dever que todos temos de defendê-la. E que o “Dia do Nascituro” também é uma relevante oportunidade para reafirmar ao estado e à sociedade seu dever de proteger a criança que ainda está no ventre materno.

REZO TODOS OS DIAS PARA QUE AS CRIANÇAS NÃO SEJAM ABORTADAS”
ABORTO / REPORTAGENS



A equipe de reportagem do “Destrave” entrevistou a cantora paraibana Elba Ramalho sobre o aborto e a sua participação no movimento pró-vida. Neste depoimento a cantora testemunha seu retorno à Igreja Católica e sua experiência pessoal com Nossa Senhora em Medjugorje.

Destrave.com: Mas o que o aborto tem a ver com a Elba Ramalho?

Elba Ramalho: Sou uma pessoa que, depois de andar muito pelos túneis escuros da vida, voltei a minha fé para os ritos da Igreja Católica. Estou muito próxima de Deus em oração e do amor de Nossa Senhora pelo mundo. Assim aos poucos fui me envolvendo, até que, por meio dessa espiritualidade, cheguei ao movimento pró-vida.

São pessoas superespeciais [movimento pró-vida], anjos, que lutam em favor da vida. E eu também assumi o compromisso, com Deus, de que farei parte dessa luta dando o meu depoimento e fazendo minhas orações.


"A vida se dá na concepção e não no ato do nascimento, como muita gente acha", afirma Elba

Destrave.com: Na sua juventude você chegou a realizar um aborto, mas em que contexto da sua vida isso aconteceu e como foi a superação?

Elba Ramalho: Foi um momento de muita individualidade. Primeiro a gente acha que não há vida [assim que ocorre a concepção] e que existe apenas um monte de células e que a vida só se daria mais adiante na hora do nascimento. Mas essa é uma tolice e, por ignorância, muitas mulheres pecam e erram.

Eu acho que cada mulher que fez aborto e que pensa em fazê-lo deve pensar sempre em desistir e lembrar que existe uma vida. A vida se dá na concepção e não no ato do nascimento, como muita gente acha.




“Assuma seu filho, pois é uma vida que está dentro de você!”, incentiva Elba Ramalho

Destrave.com: O que você diria a estas mulheres que hoje têm o desejo de fazer o aborto?

Elba Ramalho:Assuma seu filho, pois é uma vida que está dentro de você! Não mate seu filho! Não seja uma assassina do seu filho nem pense que a sociedade permite isso.

Em circunstância nenhuma eu diria para as mulheres cometer este ato terrível e triste que tanto mágoa o coração de Deus.

Destrave.com: Gostaria que você contasse um pouco de sua experiência com Nossa Senhora emMedjugorje e também de sua missão pró-vida?

Elba Ramalho: Fui a Medjugorje por uma promessa que tinha feito, na verdade, porque eu tinha vindo de um relacionamento difícil, conturbado, dolorido e que não estava me fazendo feliz.

Depois de passar por tudo isso queria ir a Medjugorje agradecer a Nossa Senhora. Desde o momento em que embarquei e durante os 7 dias que fiquei lá houve um diálogo profundo meu com Nossa Senhora. No meu último dia, padre Pedro, que faz parte do movimento pró-vida, me entregou um terço, e eu rezo todos os dias para que as crianças não sejam abortadas.

Destrave.com: Para você o que representa a vida e por que lutarmos em favor da vida?

Elba Ramalho: Porque a vida é uma dádiva dada por Deus e quando Ele a [vida] sopra é uma coisa linda. Quando ela se concretiza e vem no ato da concepção e já se coloca no útero de uma mulher, isso é muito sagrado.

Devemos exaltar a vida, porque a vida é o próprio Deus.

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SEGUNDA- FEIRA, 7 DE OUTUBRO
DIA DO NASCITURO
A vida deve ser preservada desde sua concepção até a morte natur

Em 2005, na 43ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi criada a “Semana Nacional da Vida”. É oportunidade para se refletir sobre o sentido e o valor da vida como dom de Deus. Com isto devemos criar uma mentalidade de respeito e de defesa da dignidade da pessoa humana. A Semana termina celebrando, no dia 08 de outubro, o Dia do Nascituro.

A vida deve ser defendida e preservada desde sua concepção até a morte natural. O dia do nascituro nos desperta para a consciência de que há direitos do ser humano de conservar a sua vida mesmo em estágio intra-uterino. São muitos os ataques e ameaças que os nascituros têm sofrido nos últimos tempos. Por isto vemos razões sérias para a celebração de uma semana voltada para a beleza da vida.


Na realidade hodierna, a morte passou a ser um fato banal, sem importância. É muito mais grave quando ataca vidas indefesas, inocentes e frágeis. Mas celebrar a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro não é somente uma campanha contra o aborto, mas sim uma conscientização sobre o valor da dignidade humana em todos os sentidos. Na verdade é uma redescoberta da beleza da criação divina.

Outubro é o mês da criança e o início da primavera, quando a vida renasce com toda a sua força, trazendo encantamento para toda a criação. A Semana Nacional da Vida, de 1 a 7, quer celebrar tudo isto. Significa não aceitar com naturalidade situações que ameaçam constantemente a existência digna da natureza. Aqui podemos citar o desrespeito à ecologia, a falta de emprego, o descuido com a saúde pública, a violência no trânsito, os descasos com os idosos etc.

O trabalho em prol da vida não pode ficar apenas na celebração de uma Semana Nacional. Temos que investir na vida e na sua qualidade. Para isto estão surgido comissões em defesa da vida, que agem realizando palestras e promovendo eventos de conscientização, combatendo a mentalidade antivida que impera no mundo de hoje. O projeto de Deus não é de morte. A vida tem que estar em primeiro plano.


Está presente na cultura moderna a mentalidade antivida, antinatalina, tendo como argumento o direito de liberdade. Temos que nos dar conta de que a vida está acima do direito de liberdade do outro. A vida deve ser protegida conforme os enunciados pela Constituição Federal. Ali se diz na defesa da pessoa em todas as suas realidades. Então, celebrar o Dia do Nascituro é conscientizar-se contra a legalização do aborto, que afeta frontalmente o projeto da criação e o respeito à nova vida.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de Sao José do Rio Preto (SP)



TERÇA-FEIRA, 08 DE OUTUBRO

Em defesa da vida
Um Estado moderno há de servir e proteger a liberdade dos cidadãos

Com o intuito de dar mais um passo em favor do aborto, grupos organizados, através do Legislativo, reacendem a luta para eximir do crime de homicídio a quem retira a vida de um ser humano: morte de embriões indefesos. Dá-se lugar a uma falsa laicidade para negar à Igreja e seus fiéis o direito de combater pelo sagrado dever de defender a vida, de modo especial dos nascituros, e denunciar o falso direito de sacrificar o feto, alegando o eventual risco da mãe ou deformação do nascituro. A sociedade brasileira e suas tradições estão aterrorizadas por interpretações inaceitáveis.

Um sacerdote, que, no cumprimento de sua missão pastoral, busca, por meios pacíficos, evitar a morte de um ser, é ameaçado de prisão. Um outro o é também por ter denominado de abortista a quem faz o aborto. Acusa-se a Igreja de intromissão indevida em pretensos assuntos que seriam privativos do Estado.

O Concílio Vaticano II, na Constituição "Gaudium et Spes" (nº 76), diz: "A Igreja que, em razão da sua missão e competência, de modo algum se confunde com a sociedade nem está ligada a qualquer sistema político determinado, é, ao mesmo tempo, o sinal e salvaguarda da transcendência da pessoa humana. Cada uma, comunidade política e Igreja, são independentes e autônomas. Mas, embora por títulos diversos, ambas servem à vocação pessoal e social dos mesmos homens. E tanto mais eficazmente exercitarão este serviço para bem de todos, quanto melhor cultivarem, entre si, uma sã cooperação, tendo igualmente em conta as circunstâncias de lugar e tempo".

Por ocasião do centenário, na França, da lei de separação entre Igreja e Estado, datada de 1905, o Papa João Paulo II dirigiu uma carta aos Bispos da França. Comentava o restabelecimento diplomático entre o Vaticano e aquele País. O Estado é leigo, mas é composto de seres humanos que devem seguir sua consciência, formada por princípios, fundamentados na lei natural. E, se membros da Igreja, também na lei divina. Esse ensinamento de Jesus o cristão o preserva até o fim dos tempos. Quando existe um respeito mútuo, há a "legítima e sadia laicidade" que não se confunde com "um tipo de laicismo ideológico ou de separação hostil entre as instituições civis e as confissões religiosas" (Exortação Apostólica ‘Ecclesia in Europa’, nº 117).

Uma valiosa contribuição a esse assunto, encontramos no discurso ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé, por ocasião da tradicional apresentação de bons votos para o Ano Novo, a 12 de janeiro de 2004. Dizia o Santo Padre João Paulo II aos Embaixadores: “o princípio da laicidade, é em si mesmo legítimo quando é compreendida como distinção entre a comunidade política e as religiões. Todavia, distinção não quer dizer ignorância! Laicidade não é laicismo! Ela não é senão o respeito por todos os credos por parte do Estado, que assegura o livre exercício das atividades cultuais, espirituais, culturais e caritativas das comunidades dos crentes.

Numa sociedade pluralista, a laicidade é um lugar de comunicação entre as diferentes tradições espirituais e a nação. Pelo contrário, as relações Igreja-Estado podem e devem dar lugar a um diálogo respeitoso, portador de experiências e de valores fecundos para o futuro de uma nação. Um diálogo sadio entre o Estado e instituições religiosas, não são concorrentes, mas colaboradores, pode, sem dúvida, favorecer o desenvolvimento integral da pessoa humana e a harmonia da sociedade”.

Para facilitar a compreensão, tomemos um caso concreto, hoje vivido em nosso país. Pela legislação vigente, promover aborto constitui um crime. Pelas leis da Igreja, quem assim procede, comete uma falta grave que acarreta a excomunhão da comunidade eclesial, também para os cooperadores do aborto.


No Brasil, há separação entre Igreja e Estado. O Estado como tal é leigo, mas não é laicista. Assim o cidadão deve seguir sua consciência, formada pelos ensinamentos de Jesus que foram confiados ao Magistério Eclesial.

A Igreja na sua missão não está sujeita ao Estado. A Congregação para a Doutrina da Fé em sua "Nota doutrinal sobre algumas questões relativas à participação e comportamento dos católicos na vida política", de 24 de novembro de 2002 diz: "A Igreja não pretende exercer um poder político nem eliminar a liberdade de opinião dos católicos em questões contingentes. Entende, ao invés – como é sua função própria – instruir e iluminar a consciência dos fiéis, sobretudo dos que se dedicam a uma participação na vida política, para que o seu operar esteja sempre ao serviço da promoção integral da pessoa e do bem comum. Assim o ensinamento social da Igreja não é uma intromissão no governo de cada País. Não há dúvida, porém, que põe um dever moral de coerência de cada fiel leigo, no interior da sua consciência, que é única e unitária".Insiste que não há na vida dois caminhos paralelos, um da chamada "vida espiritual", outro da "vida secular", ou seja, família, trabalho, empenho político e cultura. A consciência é formada à luz do Evangelho.

Um Estado leigo, mas não laicista, tem um diálogo sadio com todos os credos religiosos e assegura o bem-estar de uma Nação. O discurso do Papa João Paulo II ao embaixador do México junto à Santa à Sé, Javier Moctezuma Barragán, a 24 de fevereiro de 2004 traz luzes a essa matéria: "Não se deve ceder às pretensões de quem, amparando-se em uma errônea concepção do princípio de separação Igreja-Estado e no caráter do Estado, tenta reduzir a religião à esfera meramente privada do indivíduo".

Concluo, com as palavras do Papa Bento XVI no discurso ao novo embaixador do México junto à Santa Sé, a 23 de setembro de 2005: "Em um Estado leigo são os cidadãos que, no exercício de sua liberdade, dão um determinado sentido religioso à vida social". (...) "Um Estado moderno há de servir e proteger a liberdade dos cidadãos e também a prática religiosa que eles elejam sem nenhum tipo de restrição ou coação".

Cardeal Dom Eugenio de Araújo Sales
Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro





QUARTA-FEIRA
A PATERNIDADE-MATERNIDADE COMPLETADA DE MANEIRA RESPONSÁVEL

O matrimônio é o primeiro passo para a construção de uma nova família, pois quando um homem e uma mulher se tornam um só pela concretização do sacramento do matrimônio, ambos desejam experimentar a maternidade e a paternidade.

A chegada de um filho é sempre uma alegria para a família, mas é preciso que o casal se prepare para receber a criança em um ambiente que seja repleto de amor e carinho.

Sobre o nascimento de filhos, a Igreja tem uma encíclica do Papa Paulo VI, ‘Humanae Vitae’, na qual orienta as famílias a realizarem uma ‘paternidade responsável’, exercida tanto com a deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa, como a decisão, tomada por motivos graves e com respeito à lei moral, de espaçar, temporariamente ou mesmo por tempo inderteminado, um novo nascimento.

Isso é muito importante ressaltar, pois o Catecismo da Igreja Católica adverte que cabe aos esposos “verificar que esse seu desejo de espaçar os nascimentos não provém do egoísmo, mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável”, o que difere completamente do que o Governo recomenda, o planejamento familiar com o incentivo do Ministério da Saúde em uma conscientização para métodos contraceptivos.

Portanto, é válido ressaltar que sobre a procriação, a Igreja usa o termo “paternidade responsável”, o qual inclui também a abertura para uma família numerosa, “continência periódica” e “métodos de regulação da procriação”.

Dentre esses métodos de regulação, existe o Método de Ovulação Billings™, método científico desenvolvido pelo Dr. John Billings e a Dra. Evelyn Billings.

Segundo a instrutora e responsável pelo Centro de Formação Famílias Novas, no Posto Médico Padre Pio, Fabiana Azambuja, o método é simples e fácil de ser realizado, mas precisa ter uma orientação para que seja eficaz. Ela ainda ressalta que, antes de o casal receber a orientação para a realização deste método, é preciso compreender qual é visão da Igreja em relação à procriação.

“O sacramento do matrimônio, as suas finalidades, são de unir o casal – ‘sereis uma só carne’; portanto, o caráter unitivo. Gerar filhos, caráter pró-criativo. Trata-se das finalidades, ou seja, para que nos comprometemos no sacramento do matrimônio? Logo, os casais são convidados a viver essa dupla finalidade de forma harmoniosa e que lhes favoreça o uso pleno, total, fiel e fecundo do ato conjugal. Para isso, o convite não é fazer ‘planejamento familiar’ como se o casal fosse árbitro da vida, mas sim viver a paternidade responsável”, explicou Fabiana.

O Método de Ovulação Billings™ possibilita à mulher conhecer seu corpo, aprendendo a identificar os sinais e os sintomas da fertilidade; além de entender seu sistema reprodutivo. O método propõe ao homem que ele também possa compreender melhor sua esposa. De acordo com Fabiana, quando o casal deseja utilizar este método, é preciso que os dois tenham o conhecimento dos dias férteis dela.

“Requer do casal o conhecimento da sua fertilidade pelo registro diário de um gráfico e do acompanhamento de uma instrutora qualificada. Sem o registro do gráfico diário e o acompanhamento de uma instrutora, a eficácia do método é comprometida”, explicou a instrutora.

“Caso tenha necessidade e razões justas para espaçar o nascimento dos filhos, devem procurar Centros de Ensino de Métodos Naturais, como hoje temos no Posto Médico Padre Pio, em Cachoeira Paulista (SP), o Centro de Formação Famílias Novas, um Centro de Ensino do Método de Ovulação Biliings™, que leva as pessoas a uma redescoberta do valor e do significado da Sexualidade Humana, em que haja uma disponibilidade fundamental à paternidade e à maternidade responsável com respeito às leis naturais”, aconselhou Fabiana.

O casal de noivos da Comunidade Canção Nova Denise Claro e Thiago Campos recomenda que os noivos ou os já casados procurem conhecer este Método de Ovulação Billings™, e que o homem e a mulher, como um casal, possam juntos se conhecer e viver um relacionamento santo.

“Conversando sobre a nossa realidade e podendo ver o exemplo dos nossos pais e de casais próximos que vivem esta fidelidade a Deus dentro da Igreja, nós podemos absorver e traçar uma meta para viver juntos”, disse Denise.

A missionária, há três anos, procurou o Centro de Formação Famílias Nova, em Cachoeira Paulista (SP), localizado no Posto Médico Padre Pio, para informar-se e realizar a sua formação sobre o Método de Ovulação Billings™, a fim de que, junto de seu futuro esposo, possa realizar a ‘paternidade responsável’.

“A vida sexual só tem início após o casamento, mas você como mulher precisa se conhecer e partilhar isso com o seu namorado ou noivo para que ele também possa conhecê-la; saber como funciona o seu ciclo menstrual, pois há dias em que você está mais sensível. No período fértil, é preciso evitar estar muito junto, e isso vai da realidade de cada um e da intimidade do casal para viver santamente o relacionamento”, testemunhou Denise.

Para seu noivo, Thiago, é de grande importância que a mulher conheça o seu corpo e possa manter um diálogo com seu parceiro sobre o momento que ela está vivendo, pois ele acredita que, desta forma, o homem poderá aprender a conhecer e compreender sua namorada, noiva e esposa.

“Esta conversa vai criando no homem uma corresponsabilidade para saber esperar, cuidar e preservar, porque a mulher não é um objeto, mas um ser criado por Deus e precisa ser cuidada. Com o conhecimento do método, o homem vai firmando uma sintonia junto com a mulher e percebendo que não é somente saciar os seus desejos, mas, principalmente, saciar a mulher naquilo que é o ser dela e naquilo que é o tesouro que ela traz de uma futura maternidade”, partilhou Thiago.

A Igreja, por meio das pastorais e movimentos em prol da família, Doutrinas e Catecismo da Igreja Católica, tem a missão de orientar e auxiliar os jovens casais que estão se formando para que não percam os valores de ser família.

“A melhor formação para os jovens é buscar, com seriedade e verdade, a sua vocação ao Amor e saber de que forma eles vão vivê-la, se é no celibato ou no matrimônio. Após esta descoberta, caso seja o matrimônio, buscar compreender a dignidade e beleza de tal vocação”, afirmou Fabiana.



SEXTA-FEIRA

A BELEZA E O VALOR DO MATRIMÔNIO
Ao receber um convite de casamento, a grande curiosidade dos familiares e amigos é ver a noiva entrando na Igreja ao som de uma bela melodia. Os olhos estão todos voltados para ela, mas não podemos deixar de perceber a expectativa e a alegria na expressão do noivo, que aguarda ansioso no altar. Mas de nada vale uma belíssima cerimônia religiosa, ornamentada por uma sofisticada decoração com flores e arranjos, se o sentimento não for verdadeiro e os noivos não compreenderem a importância do sacramento do matrimônio.

Esta união, chamada matrimônio, precisa ser, primeiro de tudo, um território santo. Por isso, o casal precisa reservar um tempo dos preparativos para o casamento para refletir sobre a união que estão prestes a firmar diante de Deus, porque a aliança conjugal é um modo de santificar o amor humano entre o homem e a mulher.

Segundo o sacerdote da Comunidade Canção Nova padre Reinaldo Cazumbá, o casamento está fundamentado no amor de Cristo pela Igreja. Assim como Deus ama Sua Igreja, o homem e a mulher são convidados a viver esta união fortificada nos ensinamentos que o Senhor nos deixou. Por isso, é preciso que os dois se preparem, ao longo do namoro, para viver esta nova experiência. Assim, a Igreja propõe que, antes de casar, seja realizado o cursinho de noivos, a fim de orientar os noivos nessa nova jornada de suas vidas.

“É tão importante a união do casal, que Deus a elevou à categoria de ‘sacramento’. Jesus falou: “O que Deus uniu o homem não separa”. A Igreja oferece aos noivos uma preparação, mas, infelizmente, por causa dessa correria do tempo, o cursinho de noivos acaba sendo em um único fim de semana. É pouco tempo, mas um momento básico para a compreensão do matrimônio. Esse cursinho vai falar sobre o significado do casamento, explicar por que se casar, falar sobre a realidade da Igreja e como ela vê esse sacramento”, explicou padre Reinaldo.

Para o casal da cidade de Aparecida (SP), Marcele Marques e Elton Pacheco (ambos 26 anos), que namoraram cinco anos e são noivos há dois anos e três meses, esse tempo foi necessário para preparar e estruturar a vida a dois, a fim de que, juntos, tomassem esta decisão tão importante: casarem-se. Para padre Reinaldo é importante ressaltar que este sacramento foi instituído por Deus para o homem e a mulher, ou seja, eles se unirão em uma só carne para juntos viverem uma nova vida.

“Nós conversamos bastante, sabemos que é uma decisão para vida toda e que não será um mar de rosas sempre; afinal, são duas pessoas diferentes unindo-se para construir uma nova família. É claro que podemos ter ideias diferentes, e isso aconteceu até mesmo durante o namoro, mas sempre conseguimos pensar juntos e tomarmos a melhor decisão para todos”, testemunhou Marcele.

Quando o casal expressa o desejo de se casar é necessário que eles tenham certeza que foram escolhidos por Deus para viverem essa vocação. Portanto, o namoro e o noivado são a oportunidade de o casal conhecer o outro e enxergá-lo como seu companheiro. Os documentos da Igreja podem auxiliar e contribuir com a formação espiritual e o crescimento do relacionamento do casal para, juntos, formarem uma nova família.

:: Carta Encíclica Humane Vitae – Paulo VI

:: Exortação Apostólica Familiaris Consortio – João Paulo II

“O matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade. A Igreja quer fazer chegar a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do casamento e da família, procura vivê-lo fielmente; a quem, incerto e ansioso, anda à procura da verdade, e também àqueles que estão impedidos de viver livremente o próprio projeto familiar. Sustentando os primeiros, iluminando os segundos e ajudando os outros, a Igreja oferece o seu serviço a cada homem interessado nos caminhos do matrimônio e da família” – (Exortação Apóstolica Familiaris Consortio – João Paulo II)

Ao preparar a cerimônia religiosa, os noivos não podem esquecer que a essência do casamento é a união que será conferida a Deus; portanto, é bonito acompanhar e ver toda a preparação dos noivos para que este dia seja muito 
especial.


Para a noiva, Marcele, casar-se na Igreja sempre foi um sonho. Quando marcou a data para a realização da cerimônia religiosa, tinha a certeza de qual igreja seria escolhida, pois como ela e seu noivo sempre foram envolvidos e engajados em pastorais religiosas, gostariam de se casar onde se conheceram.

“Escolhemos a igreja de Santo Antônio por vários motivos: começamos a namorar na festa de Santo Antônio, nossos pais se casaram nessa igreja e também é a comunidade da qual participamos desde crianças. Quanto aos preparativos do casamento, já estão em andamento desde o começo do ano. A maioria dos serviços como buffet e decoração já estão acertados, mas sempre aparece uma coisa diferente, uma novidade. Aí, a gente fica pensando se vai ou não incluir isso no casamento”, disse Marcele.

O casamento para as mulheres é um momento especial e esperado por muitas pessoas; portanto, toda a escolha gera dúvidas e, muitas vezes, é conversada e repensada pelo casal. Para o noivo as escolhas são mais simples e as preocupações são outras, como disse Elton: “O homem não tem muitos preparativos, mas eu acompanho com ela todos as grandes decisões, mas os detalhes eu deixo por conta dela”, contou.

“Acho que toda menina cresce pensando em como será seu casamento. É um momento quase mágico! Por isso surgem muitas dúvidas em relação ao vestido, à decoração, qual música é a mais bonita, que acessórios usar e todos os detalhes, que são muitos; afinal, é um momento único. Não é como uma festa de aniversário, que você pode inventar uma coisa diferente a cada ano. A gente só vai se casar uma vez na vida e quer que tudo seja perfeito e lindo. A única certeza que eu tenho é que eu quero me casar com o Elton”, disse Marcele.

O sacerdote aconselha aos noivos que os padrinhos e madrinhas desta união sejam pessoas próximas, que possam ajudá-los a se manterem juntos na fé cristã e a sempre reafirmarem o compromisso com o sacramento do matrimônio.

“Nós escolhemos familiares e amigos que sempre estiveram próximos a nós e acompanharam a nossa história, pessoas com quem podemos contar para conversar e nos aconselhar; afinal, padrinhos não são enfeites de altar, são pessoas nas quais confiamos e que estão dispostas a nos ajudar na vivência do matrimônio”, disse o casal de noivos.

Padre Reinaldo aconselha os jovens, que pretendem se casar, a procurarem um sacerdote ou um casal com mais tempo de casado para que, juntos, possam refletir sobre os desafios e a realidade do sacramento do matrimônio.

“É preciso ter este acompanhamento e este discernimento. Os namorados que querem chegar ao matrimônio precisam se deixar acompanhar por um casal maduro, pelo sacerdote e pelas pessoas que tenham condições de dar, realmente, o discernimento àquele casal. Será que você quer só casar? É só isso? É preciso conscientizar-se que você vai viver um sacramento. E para aqueles jovens que querem abraçar o casamento, precisam entender que este relacionamento vai implicar muitas situações como amor, filhos, relacionamento com Deus, vida a dois… E tudo isso necessita ser compreendido antes da decisão de se casar”, alertou o sacerdote.

O segredo para um relacionamento duradouro é espelhar-se em um casal maduro e nos ensinamentos que os documentos da Igreja fornecem aos cristãos, pois, desta forma, poderão viver, verdadeiramente, a vocação do matrimônio.




SÁBADO
MÉTODO BILLINGS

As regras do Método Billings

O método de ovulação billings começou na Austrália quando um padre pediu ajuda ao doutor John Billings, pois estava trabalhando com casais e eles tinham razões sérias para adiar uma gestação, mas não tinham nada para auxiliá-los, a não ser contar os dias. O doutor Billings disse não saber nada sobre planejamento familiar. O padre insistiu para que ele o ajudasse. O médico pediu três meses e começou a perguntar às mulheres o que elas sentiam sobre sua fertilidade. Então, ele percebeu que as mulheres sentiam um fluxo durante seu período fértil. Ele perguntou se elas percebiam esse fluxo no intervalo entre a menstruação. Começou a recomendar aos casais que não tivessem relações durante este período e nenhum deles engravidou. Mais tarde, alguns casais queriam ter filhos e o médico começou a recomendar que os casais tivessem suas relações sexuais no período do fluxo. Algumas mulheres começaram a dizer a ele que se sentiam escorregadias e o médico as aconselhou a ter relações nesses dias.

Em 1970, o professor Brown e o cientista Erick Odeblad da suécia juntaram-se ao grupo. Passado algum tempo, o doutor Erick entrou em contato com o doutor Billings e, muito feliz, disse que a descoberta do médico estava completamente perfeita.

O Método Billings

É um método natural de conseguir uma gravidez, espaçar uma estação e monitorar a saúde reprodutora da mulher. Quando este trabalho começou, foi por causa das pessoas que queriam espaçar a gravidez, mas perceberam que também poderiam ajudar as pessoas que queriam engravidar e também outras a monitorar sua saúde reprodutiva. Não importa se casada ou solteira, este é um conhecimento que toda mulher precisa ter. Não tem drogas, dispositivos nem mudanças no corpo feminino; não tem efeito colateral e a saúde da mulher não é afetada. Ele é confiável e moralmente aceitável em toda as culturas. É um método simples de regulação de planejamento natural que tem quatro regras e os casais precisam saber dessas regras.

Com uma régua deslizável, de quatro cores (amarelo, verde, branco e vermelho) é possível mostrar todos os ciclos da mulher. A primeira parte é vermelha e indica a menstruação. E existem diferentes tipos de sangramento que não são menstrução. Sabemos que o sangramento é de menstrução quando a mulher ovulou cerca de duas semanas antes do sangramento. A parte verde da régua indica a infertilidade feminina. A cor branca mostra quando o casal está fértil. Uma cruz, ao final da parte branca, indica o dia da ovulação. Após este período, a mulher experimenta um novo tempo de infertilidade.

As mulheres não são sempre regulares. Algumas vezes, elas vão experimentar um ciclo mais longo e experimentar uma período de infertilidade mais extenso. Outras vezes, o ciclo é mais curto e a ovulação pode ocorrer até durante a menstruação. O casal aprende a reconhecer se o dia é fértil ou infértil. Se acontecer de a mulher estar com a fertilidade atrasada, pode ser que ela esteja amamentando ou grávida. O método é muito simples.

É importante lembrar que são regras de bom senso. A primeira delas é evitar relações sexuais quando se está com sangramento grande. Isto é uma questão de bom senso, porque, se a mulher tiver uma ovulação durante este período, esta vai estar escurecida por causa da menstrução. A fase de infertilidade é conhecida como secura.

A segunda regra é ter relações em noites alternadas. Também esta é uma regra de bom senso, porque, quando a mulher caminha durante o dia, ela vai ter a possibilidade de perceber o que está sentindo. Na manhã seguinte ela vai ter uma perda de fluído, mas ela não vai saber identificar se este fluído é dela ou do marido. Por isso, o bom senso de alternar as noites.


"Com o MOB o casal se conhece melhor e faz uma cooperação com Deus"


Quando a mulher percebe outra mudança em seu corpo, é tempo de parar e esperar. Ela vai perceber qual é a sua sensação e ver se está se sentindo escorregadia. Depois, ela volta a sentir-se seca. Isso vai dizer a ela que está começando o tempo da ovulação. Na maioria dos ciclos, ela vai perceber que está ovulando no final desta sensação escorregadia. Quando ela ovular, saberá que o óvulo não sobreviverá por mais de um dia. Se ela ovular no segundo dia após a sensação de escorregadia, no terceiro o óvulo já vai ter se desintegrado. Então, ela vai anotar o dia do ápice, contar 3 dias e ter relações a partir do quarto dia. Lembre-se de que são duas possibilidades: a primeira é identificar a ovulação; a segunda é quando a ovulação atrasar. Se esta segunda opção acontecer, vão haver mudanças e pode ocorrer sangramento ou alguma sensação de muco, mas não vai se sentir escorregadia. É uma tentativa de ovulação, mas logo volta ao normal. Deve-se esperar, então, por 3 dias até que retome as relações com o marido em noites alternadas.

As quatro regras

1 - Não ter relação com sangramento forte;
2 - Ter relações em noites alternadas na fase de infertilidade;
3 - Não ter nenhum contado genital, não usar preservativo, nem coito interrompido;
4 - Ter relações a partir da manhã do quarto dia.

Ao contrário do homem, a mulher é cíclica e tem uma pequena possibilidade de ser mãe. A fertilidade termina na menopausa. Então, para ter um filho é preciso que o homem e a mulher sejam férteis. Lembre-se de que a fertilidade é sempre do casal.

Usando o método, o casal se conhece melhor e faz uma cooperação com Deus, reconhecendo que Ele é o criador de todos e o casal é o pro-criador. Eles procriam com Deus. Um bom fundamento para este método é que os casais procuram por um método que tenha uma boa fundação. O método é conhecido por WOOMB, uma organização mundial. Pelo mundo afora, as pessoas dizem que este é o método do amor.


Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso

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Marian Corkill

Instrutora sênior do Método de Ovulação Billings

SEGUNDA-FEIRA
PAPA FRANCISCO RECORDA A IMPORTÂNCIA DE SE CULTIVAR A FÉ NA FAMÍLIA

Da Redação, com Rádio Vaticano

Papa Francisco enviou uma benção para as famílias brasileiras por ocasião da Semana Nacional da Família 2013, que teve início neste domingo, 11, e termina neste sábado, 17. Neste ano, a Semana traz como tema de reflexão: “Transmissão e Educação da Fé Cristã na Família”.

Na breve mensagem enviada no último dia 6, Francisco recorda um trecho da encíclica Lumen fidei, destacando a importância dos pais cultivarem as práticas comuns de fé na família. “Neste sentido, os pais são chamados a transmitir, tanto por palavras como, sobretudo pelas obras, as verdades fundamentais sobre a vida e o amor humano, que recebem uma nova luz da Revelação de Deus”.

E tendo em vista a cultura do descartável, já abordada pelo Santo Padre em diversas ocasiões, Francisco fala da necessidade dos pais transmitirem aos filhos o valor da vida humana.


“Queridas famílias brasileiras,

Guardando vivas no coração as alegrias que me foram proporcionadas durante a recente visita ao Brasil, me sinto feliz em saudá-las por ocasião da Semana Nacional da Família, cujo tema é “A transmissão e a educação da fé cristã na família”, encorajando os pais nessa nobre e exigente missão que possuem de ser os primeiros colaboradores de Deus na orientação fundamental da existência e a segurança de um bom futuro. Para isso, “é importante que os pais cultivem as práticas comuns de fé na família, que acompanhem o amadurecimento de fé dos filhos” (Carta Enc. Lúmem Fidei, 53). Neste sentido, os pais são chamados a transmitir, tanto por palavras como, sobretudo pelas obras, as verdades fundamentais sobre a vida e o amor humano, que recebem uma nova luz da Revelação de Deus. De modo particular, diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a transmitir aos seus filhos a consciência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade, mas também na atenção aos mais velhos, especialmente aos avós, que são a memória viva de um povo e transmissores da sabedoria da vida. Fazendo votos de que vocês, queridas famílias brasileiras, sejam o mais convincentes arautos da beleza do amor sustentado e alimentado pela fé e como penhor de graças do Alto, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo a Benção Apostólica”

Francisco



Entrevista com Drª Evelyn Billings
13 de agosto de 2012 postado em Billings

Dra Evelyn Billings AM, de 94 anos de idade, é uma mulher inspiradora com uma longa lista de realizações. 64 anos junto com seu esposo, o Dr. John Billings — ela foi pioneira do Método de Ovulação Billings, a qual ensinou as mulheres, casais, estudantes de medicina e médicos desde a década de 50 em mais de 100 países — de fato, é o único método natural oficial para a regulação da fertilidade na China e foi exitosamente aprovado pela Organização Mundial da Saúde.

Também conta com o apoio da Igreja Católica, dada sua metodologia natural para a regulação da fertilidade. Dra. Billings junto com John, que conheceu em uma aula de anatomia enquanto estudava medicina na Universidade de Melbourne foram os médicos pioneiros do método de Ovulação Billings, e também criaram a nove filhos.

Leia partes da entrevista concedida em maio deste ano a jornalista Fiona Basile, do diário católico Kairos’s:


Olhando em retrospectiva sua vida, o que é que mais lhe surpreende?


”Me surpreendi pelo exito do método e do bem que pude fazer ajudando a John em seu trabalho. Me pediu que o ajudasse com as pacientes femininas porque este era um território estranho para ele como um homem casado, na realidade, simplesmente por ser homem. Eu sabia coisas que ele não sabia e ele sabia coisas que eu não sabia. Assim que éramos uma verdadeira equipe. “

Quais os principais desafios na aplicação e ensino do Método de Ovulação?

Do ponto de vista acadêmico, foi bastante sensível, não tivemos nenhuma oposição entre os estudantes de medicina; cooperavam muito bem. Creio que algumas das mulheres estavam mais bem em contra da idéia e que estávamos justo nessa etapa da medicina onde estavam interessando, mas nos avanços da tecnologia para o controle da fertilidade.

As pessoas confiavam muito na nova tecnologia, assim que pensavam que estávamos no caminho equivocado e que ficaríamos muito atrás neste campo. John também tinha muita oposição por parte dos obstetras e ginecologistas que estavam contra sua opinião de que o meio natural era o caminho correto e o melhor caminho a seguir para as mulheres. Porém ele não acreditava nisto simplesmente devido ao ensino da igreja, as pessoas mal entenderam isto como um “método católico”, porém por suposto que é um método biológico. Portanto, não importava se era Muçulmano, Hinduísta ou Budista: só queríamos que as mulheres conhecessem sobre si mesmas e que utilizassem este método natural de regulação da fertilidade para seu próprio benefício. Sentimos-nos muito satisfeitos quando as taxas de êxito e evidências falam por si mesmas.

Por que você e Dr. John Billings fizeram este trabalho?


Éramos médicos — era nosso trabalho ver que as pessoas foram sãs e felizes. Dava-nos muita felicidade quando ajudávamos aos casais estressados ou que sofriam porque acreditavam que eram inférteis, talvez a mulher tivesse sofrido alguns danos como resultado do uso prévio de métodos tecnológicos, ou talvez simplesmente não entendessem os ciclos naturais do corpo feminino — e logo foram capazes de conceber usando Método de Ovulação. Foi simplesmente maravilhoso. Encantam-me os bebês.

Que papel tem a fé em sua vida e trabalho?

Quando me casei me converti de Anglicana a Igreja Católica Romana. John acreditava que a Igreja Católica tinha a autoridade e a verdade, e nunca se deu por vencido. Não é que eu perdera muito — ao contrário, estava obtendo muito mais. Creio que a fé alimenta a família, é onde fazem e respondem as perguntas. Nestes tempos, encontramos com tantas pessoas que não tem fé. Não crêem que haja uma influência do amor no mundo. Não entendem o principio de amar que simplesmente é buscar o bem da outra pessoa. Agora se todos estiverem de acordo em que está é uma boa ideia e que faz com que o mundo seja um lugar melhor, —não haveria aborto, guerras e as pessoas amariam aos mais débeis, vulneráveis da comunidade.

Você e seu esposo se casaram faz 64 anos. Qual é o segredo para um bom matrimônio?


Tem que ser sensato e escolher bem desde o princípio, o matrimônio é uma coisa muito prática. Nem sempre tudo corre com o vento em popa, e algumas vezes, há tempos difíceis. Os votos matrimoniais indicam isto. Mas se realmente ama a uma pessoa, poderão superar tudo. Quando conheci John, ele era muito inteligente, muito amável e cavalheiro, todas essas coisas que realmente necessita uma mulher no homem que ela escolhe.Amar a outra pessoa é buscar seu bem e sua felicidade — isto resume o que eu penso.


Trabalhamos estreitamente com Fr. Maurice Catarinich, que sempre dizia: “Deus todo poderoso não deixaria a seu povo sem uma solução e, portanto são as diretivas da igreja a seguir porque são o que faz as pessoas serem felizes”. E nós acreditávamos nisto. Mas é inútil ensinar as pessoas como serem felizes se não lhes damos a verdade e a muitos jovens nesta época não lhes dão a verdade.

É necessário estar informado, valente e recordem que a procriação é a tarefa mais importante na vida e o amor é mais forte que o ódio.

Dra. Evelyn Billings AM, foi nomeada membro da ordem da Austrália em 1991 e Dama Comandante de São Gregório Magno em 2003. Publicou amplamente sobre o Método de Ovulação, incluindo o Método Billings: controle da fertilidade sem drogas ou dispositivos, que vendeu mais de um milhão de cópias em 22 idiomas. Os Drs. John e Evelyn Billings estabeleceram a Organização Mundial do Método de Ovulação Billings, que segue ensinando o Método de Ovulação em todo o mundo.

Para obter mais informações, consulte: www.woombinternational.org


CUIDAR DA VIDA DESDE A CONCEPÇÃO
QUI, 03 DE OUTUBRO DE 2013 14:51 CNBB
Dom Canísio Klaus '
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

No dia 8 de outubro a Igreja Católica no Brasil comemora o Dia do Nascituro. O objetivo é promover, proteger, defender e valorizar a vida humana, em todas as circunstâncias, desde a sua concepção até a morte natural. Nascituro é aquela pessoa que ainda não veio à luz, mas já está vivendo no seio materno.Em preparação ao Dia do Nascituro, nos dias 1º a 7 de outubro, comemora-se a Semana Nacional da Vida. O tema proposto para este ano é “Cuidar da vida e transmitir a fé”.

No subsídio preparado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB, Dom Antonio Duarte afirma que “Nessa hora da vida ameaçada por hábitos e comportamentos de risco, tais como pelas drogas, ideologias partidárias e institucionais que promovem o aborto e a eutanásia (...), a Igreja Católica e a família devem promover a formação de discípulos missionários que irão atuar em associações familiares, em Conselhos de Saúde, em trabalhos de voluntariado, em programas de formação da sexualidade digna, da paternidade responsável e em grupos de cuidados paliativos.”

Cuidar da vida é tarefa de todo cristão. É o que propõe Santo Irineu de Lião ao dizer que “a glória de Deus é a vida do ser humano”. Por isso, a Igreja se empenha em defender e promover a vida desde o momento da concepção até a derradeira hora de passar desta vida para a vida eterna. “Deus colocou no centro, como ápice da criação, a sua grande obra. Apesar de sempre querermos ter filhos saudáveis, mesmo quando uma criança nasce gravemente doente, ela continua sendo uma filha de Deus, e, portanto, deve ser amada, respeitada e protegida desde o seio materno”.

No outro extremo da existência está a velhice e a passagem para a outra vida. O subsídio “Hora da Família” diz que “entre os temas da ética atual, a velhice e a morte são os que mais tocam a nossa sensibilidade, principalmente em termos de Brasil e América Latina, onde já é difícil viver com dignidade, quanto mais morrer com dignidade. É um assunto do qual ninguém tem o direito de fugir, em face dos problemas concretos que envolvem não só profissionais da saúde como familiares e agentes de pastoral”.

Aproveitemos a Semana Nacional da Vida para reafirmar o nosso compromisso com a vida desde a concepção até o último suspiro. Renovemos a nossa decisão de lutar contra qualquer prática que atenta contra a vida e nos posicionemos contra as leis que pretendem legalizar as práticas de morte. E peçamos a Deus: Fazei com que todos aqueles que crêem no vosso Filho saibam anunciar com firmeza e amor aos homens do nosso tempo o Evangelho da vida, e que juntos construamos a civilização da verdade e do amor, para louvor e glória do Deus Criador e amante da vida.

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