sábado, 17 de agosto de 2013

A CRIANÇA COMO SÍMBOLO DO REINO DE DEUS

A CRIANÇA COMO SÍMBOLO DO REINO DE DEUS
A criança depende de seus pais para crescer e amadurecer. Jesus utiliza a criança para mostrar que os membros da comunidade estavam naquela mesma condição da criança, diante de Deus.
Os discípulos queriam impedir as crianças de virem até Jesus, não por ciúme ou falta de paciência, mas, devido à mentalidade preconceituosa da época, que não considerava crianças e mulheres. Nem sequer eram contadas, como vemos na multiplicação dos pães: “O número dos que comeram era mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças”.
Contrariando essa mentalidade, Jesus repudiava a marginalização das criancinhas e as coloca como modelo de atitude existencial para os discípulos do Reino. Eles devem ser humildes e pequenos diante de Deus, rejeitando toda atitude soberba e orgulhosa.
Atualizando
PAIS QUE FAZEM TODAS AS VONTADES DOS FILHOS PERDEM AUTORIDADE E COMPROMETEM SEU FUTURO!
Jesus exalta o comportamento autêntico e sincero da criança, e a eleva como modelo para os adultos. Estamos acompanhando uma inversão de valores nos dias atuais. Muitos pais perdem o comando na educação dos filhos, os impedindo de serem crianças e acabam comprometendo seu futuro.
Na experiência de padre, percebo a perda do controle dos pais até mesmo nas Igrejas, em momentos de missa, culto ou celebração. Em alguns casos, as crianças fazem o que querem: choram, correm, gritam, xingam... Em plena celebração tiram a atenção de quem está presidindo e dispersam toda assembleia, sem que seus pais tomem qualquer iniciativa.
Claro que é difícil manter uma criança calminha num ambiente de adultos, mas, desde cedo, os pais já devem educar seus filhos a respeitar aquele lugar, a “casa do Papai do Céu”. Em caso de muita agitação ou gritaria faz-se necessário ir até a sacristia ou outro espaço do templo para entretê-las. As pessoas que estão concentradas na celebração sentem-se profundamente incomodadas em seu direito de estar em sintonia com Deus, em momento tão sublime.
Deixar de levar as crianças à Igreja, jamais, pois, desde cedo a frequência ao templo com o papai e a mamãe deixará registros que ficarão para toda vida. É formativo, além de servir para que elas se familiarizem com o espaço sagrado.
As crianças trazem para a Igreja o que estão vivendo em casa, na escola, na sociedade. Percebemos que é uma tendência comum para muitas famílias. Achei muito interessantes algumas recomendações dadas pela psicóloga neozelandesa Diane Levy, autora do livro “É claro que eu amo você... Agora vá para o seu quarto!”, da Editora Fundamento. Ela relaciona nove conselhos para os pais.
1. Não se explique demais
“Quando pedimos para uma criança fazer algo ou para parar de fazê-lo, nosso hábito é de seguir com uma grande explicação do porquê tal ação é necessária. Se a criança não entendeu porque está sendo solicitada a fazer ou deixar de fazer algo, dificilmente ela será convencida por mais e mais explicações. O que ela precisa entender é que tudo o que você pede é para o bem dela – e assim será até ela crescer”.
2. Não dê mais de um aviso
“Ao dar várias chances e avisos, nós mostramos às crianças que não acreditamos naquilo que dizemos e que não esperamos uma ação efetiva até darmos muitos e muitos avisos”. “A maioria das crianças entende que enquanto os pais estão nesse ‘modo de aviso’, nada irá acontecer com elas”. Portanto, seja firme.
3. Não adule
Você se pega usando frases como “se você arrumar seu quarto, ganha um chocolate” ou “faça toda a lição e te dou um brinquedo” com frequência? Pense melhor. “Quando os adultos se esforçam adulando e coagindo as crianças para que elas façam o que devem, isso significa que só os pais estão fazendo o trabalho duro, enquanto os filhos esperam uma recompensa convincente o bastante para encorajá-los a começar uma tarefa que não é mais que obrigação deles”.
4. Não suborne
As crianças devem ser acostumadas a agir dentro de um senso de obrigação. “Se o único jeito de conseguirmos fazer com que as crianças façam o que mandamos é oferecendo algo, nos deixamos vulneráveis a ter que pensar em maiores e melhores ‘mimos’ com o tempo. Além disso, essa ação dá às nossas crianças a permissão de perguntar ‘o que você me dará se eu fizer isso?’ – e esse não é um bom hábito para se encorajar”.
5. Não ameace
Ameaças funcionam com "se você não fizer isso..., então eu irei…”. Agindo assim, você abre um contrato e isso dá margem para a criança negar a oferta. "Aprendi essa lição muito cedo com o meu primeiro filho. Quando dizia 'Robert, se você não guardar seus brinquedos agora, não iremos ao parque essa tarde', ele apenas respondia 'tudo bem'. E eu ficava sem saber para onde ir", relembra.
"Outro problema em ameaçar é que, se você fala que irá fazer algo, é obrigado a cumprir isso. A maioria das ameaças que tem como objetivo persuadir a criança a fazer o que foi pedido nos pune mais do que a elas". E exemplifica: “Os pais ameaçam: 'Se você não fizer isso imediatamente, não verá mais TV pelos próximos três dias'. É mais provável que a vida de quem fique mais difícil com essa ameaça?".
6. Não puna
Algumas crianças aprendem, através das punições, mas muitas se tornam ressentidas, irritadas e se sentem tratadas de forma desleal. “Também, se usarmos a punição, nossos filhos podem simplesmente aprender como aguentá-las – e voltarem a fazer aquilo que tentamos evitar”, afirma.
Mas se os pais deixarem de explicar, avisar, adular, subornar, ameaçar e punir, o que eles podem fazer?
Diane sugere uma estratégia simples, com três passos: peça, diga e aja.
7. Peça uma vez só
Os pais peçam o que deve ser feito e observem a resposta do filho. Isso dará a eles uma informação importante. “Quando as crianças se negam a fazer o que foi pedido, eles usualmente expressam uma das três formas a seguir: tristeza, irritação ou distanciamento”.
A tristeza é simbolizada por chateação. “Eles parecem ofendidos e dizem ‘por que eu?’”. A irritação se manifesta em confronto: “eles discutem e acusam você de ser injusto com eles”. O distanciamento é caracterizado por indiferença. “Eles ignoravam você, olham para outro lado e continuam o que estão fazendo”. “Tudo isso significa que a criança não fará aquilo que pediu”.
Mas como reagir?
8. Diga de maneira enérgica
“Vá até o seu filho – isso pode ser um pouco difícil para os pais, pois significa que eles terão que parar aquilo que estavam fazendo, levantar e ficar do lado da criança”. A presença próxima vale a pena. “Uma vez que aparecemos perto da criança, ela sabe que isso significa que terá que fazer o que foi pedido”. Falem baixo – isso mostra que os pais estão no controle tanto da própria voz quanto da criança – e que olhem seu filho nos olhos.
9. Aja
Se seu filho não respondeu a nenhuma das ações anteriores, você precisa fazer algo. “A coisa mais efetiva que você pode fazer é usar a ‘distância emocional’ até que ele esteja pronto para fazer o que foi pedido”. “Pegue-o no colo ou pela mão e o leve para o quarto. Diga firmemente ‘você é bem-vindo para se juntar à família assim que estiver pronto para fazer o que pedi’, e deixe-o sozinho”, completa. Lembre-se: o seu filho tem o poder de se reunir à família ao fazer o que lhe foi pedido.
Quando as crianças são maiores – e tirá-las do lugar é mais difícil – determinem consigo mesmos: “eu não farei nada até que ele esteja pronto para fazer aquilo que eu pedi”. E continuem com o que estiverem fazendo, normalmente. “Quando a criança aparecer com um pedido, você pode calmamente lembrá-la de que ficaria feliz em atendê-la, assim que ela fizer aquilo que foi estabelecido (e ignorado) anteriormente”. “Ele pode fazer duas ou três tentativas para chamar sua atenção, mas vai acabar entendendo que precisa fazer o que foi solicitado pelos pais”.

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